sábado, 29 de dezembro de 2012
Espaços cinzentos por florir.
Cansei-me de te procurar nos becos sombrios das vielas, de te procurar nos anseios de uma planta do jardim, de te procurar, enfim, nos recantos das ruas por onde passo.
Uma frase ressoa, mas eu sou teimosa em escutar, o que tiver de ser teu será.. E não concordo e não alcanço. Estou aquém, presa em dores e sofrimentos que por mim gero. Ah, mas se me soltasse.. Uma esperança e uma espera de mundos melhores, de onde a felicidade é rainha, se ao menos eu me deixasse.
Se eu me deixasse ser feliz. Se conseguisse inspirar esse antídoto que faz com que tudo esteja bem. Se eu me inebriasse com essa poção.. Mas essa extasiante vida não é para mim, eu vivo de mágoas e em dores, vivo de sofrimentos constantes. Presa numa escuridão que eu criei, mas da qual não me sei soltar.
Por isso, não te escrevo mais cartas, não.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Mendiga
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
P...
Sinto que perdi horas da minha vida, inutilmente...
E no entanto parecias-me já tão familiar, nunca senti esse à vontade tão instantaneamente com outra pessoa.
(...)
_________________//____________________
E quando tens um feeling, deves acreditar nele. Ainda que não te pareça provável.
Fofinho, fofinho, fofinho!
18-12-2012
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O que te diferencia de qualquer rapaz daqueles que parece que está com o cio?
O que é que te faz querer tudo aqui e agora? Como se não houvesse amanhã.. Desta vez não vou guardar as minhas necessidades para um amanhã que pode acabar cedo demais. Vou beijar-te se é isso que sinto que me faz falta..
E parecer que me conheces tão bem, com as coisas que dizes que são habituais em mim e, no entanto, era a primeira vez que estavas comigo pessoalmente, caiu-me bem. Caíste-me bem, cais-me bem.
As conversas ao telefone, as sms com recados que se tem vergonha de dizer cara-a-cara, mas que são enviadas à frente um do outro.
És mesmo fofinho, não me canso de o dizer, super cuidadoso, cavalheiro, engraçado.
Tens algo de irresistível... só quero estar pendurada nos teus braços, beijar esses lábios suaves que meigamente beijam os meus. Esse sorriso super fofo que tens, às vezes envergonhado.
O calor do teu corpo...
As aventuras em escadas de prédios velhos do centro da cidade. A adrenalina.. , a vontade de te beijar e beijar e beijar.
E pensar que estou louca... mas que me sinto feliz contigo.
22-12-2012
Indiferença ou frigidez
Aquilo que sinto quando não sinto a demasia que procuro sentir.
Procuro sentir mais, mas sabe a pouco, sabe a reles, sabe a falta de tanto..
Será que essa magia, como lhe chamo existe? Será que um dia a vou sentir?
No entretanto, fico, pois o desejo da carne é maior, e ainda que não o sinta, mal não sabe, o pouco sentir.
Preenche espaços ainda que mínimos e traz outros desejos e outras vontades ao meu íntimo.
Mas é uma questão que me acompanhará, por certo, ao longo da vida. E se nunca me sentir verdadeiramente feliz?
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Linhas distorcidas em ângulos radicais.
Fazem com que pessoas que dantes tinham linhas que as uniam, hoje não tenham linhas e estejam separadas, faz com que amizades promissoras, hoje estejam de costas voltadas. E no entanto, se não tivesse havido envolvimento, aquelas pessoas poderiam ter conseguido muito unidas. E hoje, como as coisas estão, apenas conseguem uma parte, nunca atingindo o seu potencial por inteiro.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
10 anos...
Lamento todos os anos sem ti, sem me conheceres, sem me acarinhares, sem me aconselhares.
Sem ter quem cuide de mim!
Já não és sorriso, olhar e toque em mim.
Já nem pele e carne és em mim.
És osso frio e distante.
Ossos não acarinham, não sorriem nem olham. Não abraçam, não cuidam, não nada.
E eu sinto-te como se nunca me tivesses abandonado o ser.
Sinto-te tão viva em mim.
E custa a crer que já passaram 10 anos e continuo a precisar tanto de ti.
E há um vazio onde antes havias tu. E ninguém o há-de preencher, talvez, quando eu tiver netos o possa minimamente disfarçar.
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Aquele meu colega
Escrever
Desabafos como de costume.
Neste meu canto.
A escola vai mal, o coração vai mal, a vida vai mal.
No entanto, de tantas outras formas...
A escola vai bem, o coração vai bem e a vida vai óptima!
A vida vai e é o suficiente ir e não morrer.
Acho que não faz sentido nenhum o que estou a escrever.
E a mim que me importa? O meu "eu" que ler isto daqui a uns meses provavelmente também não perceberá.
Vi o Wilson, da casa dos segredos e fiquei envergonhada como se tivesse de novo 13 anos. Até baixei o olhar quando ele passou por mim.
Vi o novo livro do Peixoto e folheei-o. Se tivesse dinheiro comprava-o. É o tipo de escrita que me apraz ler. E além disso, apesar de ter a ver com a Coreia, tinha uma pequena introdução sobre Quetzal e Quetzalcoatl, o Quetzalcoatl da minha história.
Reparo agora que também fiz uma à Mel Gibson e também eu misturei cultura Inca, azteca e maia na mesma história.
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Bocados de pensamentos incompletos
Nada é o que era e, no entanto, tudo está na mesma.
Como pode não se ver um vazio no meio de tanta coisa má. Ou por outra como se pode ver um vazio no meio de tanta coisa. Mas só eu sei o que senti naquela altura e é assim que o descrevo, como um vazio.
"O meu gato morreu." Sim, se calhar não o disse alto vezes que chegassem ou talvez nem o tenha dito de todo. Pensar em mim? Não podia. Tinha de pensar nele.
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Memórias futuras
* Mas já é é uma memória..
*Não! É uma memória muito viva.
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
domingo, 11 de novembro de 2012
Memories 3
"Bolas, senti-me tão humilhada. =(
(...)
Fogo porque sou assim?
Nunca sou capaz de nada...
Faço tudo mal, escrevo mal, desenho mal, canto pessimamente, porque não sou melhor? =(
Isto faz-me sentir tão triste.
Há tanto tempo que não me sentia assim.....
Desde que tenho a Sisterhood que não me voltei a sentir tão inferior...
E agora sinto e mesmo nas coisas mais pequeninas, não as sei fazer.... Sou desastrada, desajeitada...
Em suma, não sei fazer nada, e não presto para nada....
Devia ser independente e principalmente autónoma...
Vejo a vida toda a passar e não movo nem um pé...
E não o consigo mesmo fazer!"
* 09/07/2009
"Não me posso deixar ir abaixo outra vez! Que se passa comigo?
É suficiente ser má em tudo. Sou gorda, sou feia, tenho uma personalidade frágil.
Sou uma pessoa mimada e preciso de carinho.
Ultimamente busco atenção frequentemente. Não estou bem em lado nenhum... Quero o que não posso ter. Não quero o que quero. Sinto-me cansada de tudo e todos e, no entanto, não há motivo para tal.
Só me apetece estar longe e sozinha, mas o simples facto de pensar em estar sozinha quase que me faz tremer- Queria ser uma pessoa de sucesso, queria, talvez, não ser tão fraca.
E no fundo, vejo que "passou em vão a mocidade, sem que no meu caminho..."
Não sei o que fazer comigo. Só sei que não posso continuar assim... Eu não sei lidar comigo desta maneira.
Alguém que me alcance no mundo onde me escondi, alguém que me alcance e me ame. Preciso de encontrar novos caminhos.
Preciso de acreditar que tenho muito a dar ao mundo. E não me deixar cair na ociosidade profunda e na solidão total.
A Paula que eu conhecia não era assim! Como me deixei mudar tanto? Para além do meu corpo, o que há de errado comigo?"
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Cinzas de um fogo demasiado aceso
Fizeste breve meu afecto
Acercaste-te de outras companhias,
Como se eu não existisse,
Como se nunca me tivesses conhecido e
Eu não fosse ninguém.
Ainda quero esse teu corpo,
Esse teu cheiro, esse teu jeito.
Ainda quero as tuas mãos nas minhas
Como naqueles dias idos e perfeitos.
Anseio beijar-te inteiro
E que me queiras de novo
Que a magia que houve não se tenha
Apagado... Em brasas que arderam
Cedo demais, apesar dos mil cuidados.
O meu coração não pára.
Só te quer a ti.
Implora a tua companhia
Sussurra o desejo que sente
Lamenta o medo que teve
Esperanceia que venhas até mim.
Estas palavras que saem
Sem qualquer tipo de cuidado
Estilístico ou gramatical
São palavras sentidas.
Espero que não leves a mal.
Só reduzi a escrito
O que me vai cá dentro.
Só falo no bom e no meu sentimento
Mas também há algum remorso guardado
Que não pode, de forma alguma, ser evitado.
Não há outro corpo que eu queira tocar,
Outras mãos que pegar, outros lábios que beijar.
Sente! Faz-me sentir.
Não posso crer que tenhas desprezado o unir.
Se havia algo, como desapareceu?
03-10-2012 20:15H
sábado, 6 de outubro de 2012
Experiência poética
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Caixa de música
Uma caixa preta com figuras orientais, chinesas diria eu.
Abri-a, escutei os sons suaves que dela saíam. enquanto abria um e outro compartimento.
As memórias dela contigo encheram-me a cabeça.
De repente senti uma paz, uma alegria.
Lá dentro estava uma carta minha, de quando era pequena. Desejava-te as melhoras e dizia que jamais esqueceria o teu nome. Não o esqueci, ainda, como é óbvio.
Visto que fazes parte de mim, como eu fazia de ti.
(Quis deixar uma recordação deste momento.)
sábado, 29 de setembro de 2012
Assonias ensonadas
Não sei de onde veio esta insónia.
Talvez esteja a pensar no que pensaste de mim...
Se nos veremos antes de ires para casa?
Se voltarás?
Achei-te giro, um verdadeiro gentleman.
Um geek à tua maneira muito própria. Ahahah!
Tens um sorriso lindo.
Conheces tanta coisa, há tanta coisa que separa os teus 25 anos dos meus 25.
Quero conhecer mais. Sinto que tenho de!
Deixaste muita coisa escondida, por revelar.
Sempre foste capaz de me deixar com um sorriso no rosto esta noite, depois de tanta coisa triste. Agradeço-te por isso!
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Niko!
Amo-te tanto! Sempre te amei!
Desde que te vi, pequenino, sujo e já reguila na rua.
Os senhores da loja dos móveis davam-te uma latinha de whiskas e o senhor do café um queque.
Lembro-me da dificuldade que foi convencer a avó e a mãe, como te aninhaste ao lado da avó quando ela estava acamada. Como me deste aquela lambidela num dia em que estava a chorar.
Desculpa não ter sido boa dona para ti.
Desculpa o desastre que sou.. E deixar-te chegar ao estado a que chegaste.
Foste e continuas a ser muito desejado por mim. Mas és o meu primeiro gato e a minha mãe não me deixou fazer as coisas como queria...
São as únicas desculpas que posso dar, tudo o resto foi falha minha.
Apesar do teu humor um tanto agitado, das marcas nas minhas mãos e braços, quero-te tanto.
Dói-me tanto ver-te assim, uma sombra do que tu és normalmente.
Não te quero perder, ainda não.
Ainda é cedo e quero remediar as coisas na tua velhice.
Deixa-me tratar de ti! Não desistas, por favor!
Amo-te tanto meu bichinho!
domingo, 23 de setembro de 2012
Fuck!!
A vida dá-te algo e tira-te outro tanto.
Tenho tanta coisa para fazer, pois chego doente, 3 dias de antibiótico e muitas porcarias mais e não há melhoras..
Ter de ir ao hospital, detesto hospitais! Possibilidade de uma operação, não quero. Só queria que isto passasse. Como se não bastasse encontro o meu gato sem comer, com uma ferida, super parado. Sei que não me caem desafios que não possa superar, mas podiam-me dar uma folga..
Que treta!!!
sábado, 22 de setembro de 2012
Ilha Grande 12-09-2012
Ainda sinto o ondear no meu corpo. É único ver os peixes com uma máscara e snorkel.
Ainda por cima peixes tão coloridos.
Acho que podia ficar ali horas sem me cansar.
Montanhas de verde escuro, picos desaparecendo nas nuvens quietas. Coqueiros que sobressaem na paisagem.
Os barcos, um amontoado balouçante junto à costa.
As luzes começam a aparecer, a noite cai lentamente na Ilha Grande.
Saudades daí!
Na verdade não deixei, foi-me imposto que viesse, bem como me foi imposto que fosse.
Deixei-te sem uma esperança, sem um contacto, sem nada que te agarre a mim.
Desprendi-me de ti. antes de ficar amarrada qual lapa à rocha.
Tenho como saber de ti, de longe a longe, bem como ouvirás de mim, nesses mesmos instantes ou outros porventura.
Queria saber-te bem! É um pedido do fundo da alma.
Quero ver-me bem também!
Se um dia voltar quero ver tudo o que deixei. Tudo a que me agarrei durante um mês, tudo o que considerei família e familiar, tudo o que considerei parte de mim.
Hoje penso no que terá mudado em mim.
Mudanças ainda não visíveis, talvez.
Julgo que em breve serão visíveis aos meus olhos, mais que não seja.
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Pedaços
No entanto, fui deixando bocados do teu corpo esquartejado
pouco a pouco pelos sítios onde passei.
Até não restar mais um osso,
uma gota de sangue,
um pedaço de carne.
Quando não havia mais de ti que memórias
resolvi, igualmente, esquartejá-las e largá-las por aí,
em lugares aos quais tão brevemente não voltarei.
Se algum dia voltar
já não haverá nada que me faça lembrar
que um dia exististe
e foste memória e carne em mim.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
domingo, 2 de setembro de 2012
Mudanças numa cabeça teimosa.
domingo, 19 de agosto de 2012
Conselhos sentimentais poli-amorosos.
Nem sei sequer porque é que as pessoas procuram em mim uma resposta para as suas crises existenciais, acho que a minha experiência ou a falta dela, juntando ao facto de não ter ninguém, quase há tanto tempo como o que estou viva e interessada em relacionamentos, anos e anos, portanto, deveriam ser razões suficientes para não esperarem que seja uma boa conselheira sentimental.. Mas enfim, as pessoas fazem o que quiserem e enquanto eu quiser tentar ajudar, ajudarei.
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Need to sleep...
E aqui estou eu mais uma vez sem conseguir dormir... Deito-me e começo a pensar no que devia ter feito e como não o fiz, dou voltas e voltas a remoer nisso. Quem me dera que a minha cabeça sossegasse, não pensasse no que ficou por fazer, mas amanhã se lembrasse do que ainda falta e ainda vai a tempo. Li sobre isso, não lamentar as coisas que não fizemos ontem nem pensar nas que temos para fazer amahã, até que o amanhã se torne hoje. Mas fazer por concretizar todas as que temos para hoje. Pareceu-me super interessante e gostava de pensar assim.
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Irritação a fervilhar, acho que até tenho febre dos calores que se me subiram
Metem-se assim, sem saber que tipo de relacionamento ou não temos.
É uma merda! Sei que ando bué asneirenta mas sinceramente não quero saber. Estou mesmo irritada.
Arrgh que mania as pessoas têm de se meter onde não são chamadas. Atirar para o ar, sem saberem, como as outras pessoas devem fazer as suas vidas e pior, incluírem-se nelas.
Aliás porque é invasão da privacidade dos outros, identificar pessoas que não conheço de lado nenhum, nem que nunca ouvi falar, como se isso mudasse alguma coisa, numa publicação minha..
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Mudança para um teclado velho
Estou finalmente a arrumar o meu quarto. Começar pela roupa, para não ouvir mais a minha mãe. Ainda hoje vou arrumar as coisas da uni.
Um novo ano começará em Setembro e espero que seja o meu último ano na FLUL. Sei que só depende de mim, mas nem sempre tenho a força que necessito para acreditar em mim.
Cruzes, estou quase a fazer 25 anos, está na altura de deixar de ser uma criança.. Tenho mesmo de me conformar e crescer. Tenho de deixar de me sentir presa a um passado que me puxa, que parece prender-me lá, está mesmo na altura de cortar as amarras.
A vida está a ser tão boa comigo que só posso aproveitar e agradecer, dando o melhor de mim.
quinta-feira, 26 de julho de 2012
domingo, 22 de julho de 2012
Melros pulantes em pereiras que florescem
sábado, 21 de julho de 2012
Manhãs de aspecto outonal despertam em mim.
Junto à janela do meu quarto vejo o laranja sobre o laranja do Sol que vai nascer.
Já passa das 6h e não tarda ele vai iluminar esta territa.
O sobressalto madrugador dos Bombeiros sumiu-se sem deixar rasto: Não se vê fumo ou fogo para onde quer que se olhe.
Sinto-me feliz, em paz com o Mundo.
Gosto dos amanheceres na terra. Têm sabor especial, porque sei que estou de férias e que posso ficar acordada e vê-los. É o meu evento especial.
Gostaria que esta noite não acabasse e, de certa forma, ao não dormir estou a torná-la eterna na minha vivência.
Aprecio a brisa fresca pois têm estado dias de muito calor.
Daqui vejo a Serra do Caramulo,(sei que a da Estrela está lá atrás) vejo árvores de fruto e que boas, abrunhos vermelhos rainhas-claudia e até nectarinas, vejo um recanto de especiarias, vejo como as plantas da minha hortinha cresceram. Já tenho um pimentinho a nascer. O meu primeiro pimento. Que orgulho!
Ah, sinto-me bem! Nada como o amanhecer na terra!
18/07/2012 06:20H
domingo, 8 de julho de 2012
Desabafos de um dia em cheio!
E que estou triste e que nunca tenho nada a que me agarrar...
E que, talvez, haja coisas de mim que não quero que conheças, pelo menos para já.. E que, se calhar nem mereces conhecer um dia...
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Nets lentas e calores impossíveis de aguentar.
A terra, tem as suas coisas de bom, como tem de mau. Dá tranquilidade, deixa-me fazer as tais coisas que gosto de fazer, mas ao fim de um tempo cansa-me, dá-me moleza e desejo sair daqui. Mas o ar é bom, quando está fresco também é bom.
Estou feita uma mulherzinha do campo: ela vai à fonte buscar água, ela vai apanhar laranjas, ela ajuda o pai a limpar o terreno, a plantar, a apanhar mini batatas da horta, ela acarta lenha. Ahhh vida do campo, dás cabo de mim.
O sino da igreja da terra bate as 4 da madrugada, é bom ouvi-lo, é outra das coisas que gosto da terra. Tenho de ir embora, estou a gastar o resto a internet da minha mãe, a mãe do meu padrinho vem cá almoçar e tenho de acordar cedo para ir à fonte buscar água e fazer mais umas cenas antes de a irmos buscar.
Já olhei lá para fora milhares de vezes desde que vim, e nada me inspira, nem a lua amarela grande e baixa, nem as terras distantes que brilham à noite, nem os pinhais, nem as nuvens,nem as plantas verdinhas, vivas.. Nada me inspira a escrever, mas espero que ainda haja tempo. De certeza que o há.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Questionando a vida.
A maneira como lidamos com as pessoas, as pessoas a quem nos damos e que se nos dão, tudo faz parte de um grande todo que está em constante mudança.
As relações interpessoais não são fáceis, nem sempre respondemos como queremos, nem sempre podemos fazer o que queremos, somos , de certa forma, obrigados a seguir a norma social ou seremos postos de parte pela sociedade, quais enjeitados.
domingo, 17 de junho de 2012
Vinho do Porto + Acumulação de noites mal dormidas
Talvez ainda seja o efeito do álcool em mim ou a dura realidade ou a sensação de insegurança, de não pertença.
O mundo é largo, cheio de vidas e pessoas com quem ainda me não cruzei.
Para conheceres mais, tens de te dar mais ao mundo.
Mas não gosto de conhecimentos momentâneos, de porvires fátuos, isso não me preenche e não me satisfaz.
Imposição de mudança na rota dos sentimentos, como se sai de uma estrada onde não se sabe bem por onde se caminha para atalhar por outra que desconhecemos na totalidade? É como nos pedirem para caminhar na escuridão total e evitar as facas espalhadas no chão. O medo de as pisar é tanto que acabaremos por nos espetar quase garantidamente.
Não há como não sairmos a sangrar de tal aventura desventurada.
Isso é o que me peço quando me imponho uma mudança de sentimento.
quinta-feira, 14 de junho de 2012
24 horas não são suficientes..
Noites em branco... Que irresponsabilidade. Mas parece que a hora do deitar vem sempre cedo demais e a vontade é nenhuma. Ainda vou muito a tempo de mudar isto. Amanhã é outro dia..
quarta-feira, 13 de junho de 2012
TLC
segunda-feira, 11 de junho de 2012
sábado, 9 de junho de 2012
Disparar sobre um homem que comeu a cara de outro é desumano...
Se este mundo não está perdido sou eu que não me insiro bem nele..
Acho que sim, sem dúvida a polícia foi muito má em ter disparado sobre um homem que tinha comido três quartos da cara de outro...
Abaixo seguem links da notícia em questão
http://visao.sapo.pt/homem-apanhado-em-flagrante-a-comer-rosto-de-uma-pessoa=f666942
http://visao.sapo.pt/canibal-de-miami-agiu-sob-os-efeitos-de-uma-nova-droga=f667253
http://expresso.sapo.pt/media-de-referencia-debatem-historia-do-homem-nu-que-comia-a-cara-de-outro-na-rua=f729206
quinta-feira, 7 de junho de 2012
Nie wieder Türkçe..
Confesso que nada me daria mais prazer agora que um passeio e uma boa conversa.
Está uma noite agradável, é feriado e eu aqui fechada a estudar..
É só até 2ª, quanto mais souber melhor.
Mas não tenho a mínima vontade.
Estou desde manhã de volta disto.
Hoje tenho de acabar as coisas do 1º semestre pelo menos.
Gostava de ter mais disciplina nestas alturas.
terça-feira, 5 de junho de 2012
Murmurinho
só meu.
sábado, 2 de junho de 2012
Macacos do Chinês - Saudade
Yô, S-A-U-D-A-D-E,
O Melo disse "Já chega",
Eu sei, desculpa mas é,
Que eu não consigo deixar de relembrar o passado,
Pa conseguir avançar,
Pa conseguir alcançar
A lua, as estrelas, talvez o Império de Shi'Ar,
Ok, agora foi geek,
E dou graças à BD porque hoje eu tenho aquele clique,
Imagino como se vê,
Lia bué DC, Image e Marvel,
Hoje em dia eu leio o Metro,
Pró resto não há papel,
Sabe bem como mel,
Ou cortas logo com limão,
Pode ser agridoce, ou só agri recordação,
Desbloco blocos antigos, faço novos abrigos,
Posso dizer que passei a ser imune a certos perigos,
E inimigos, concisos, concretos em certos aspectos,
Certos, mas sempre com a mania que são buéda
Espertos,
E lembro afectos, e lembro bem,
Quando não fiz nada por mim, tentei fazer por alguém,
Isto é verdade ..
Se tu não vês, não percebes que a saudade só existe em
Português ..
Existe mais em português
Tu não vês, tu não vês .. ?
Que a saudade existe mais em português ?
Tu não vês, tu não vês .. ?
Que a saudade existe mais em português ?
Tu não vês, tu não vês .. ?
Que a saudade existe mais em português ?
Tu não vês, tu não vês .. ?
Que a saudade só existe em português ..
Saudade vem do latim, influência de "saudar",
Saúdo logo aquilo que dela tenho para dar,
Recordações, histórias, situações e memórias,
Músicas, filmes, fotos, risos e paranóias,
Eu não comia smarties, eu comia pintarolas,
Eastpak era zero, Monte Campo reinava as escolas !
Depois das aulas,
Eu nunca fui muito baldas,
Fui expulso de algumas salas, levei recados pra casa,
Daqueles que ninguém se rala,
Seguia logo pelas escadas, o people chega em camadas,
Eram dias, eram tardes,eram noites bem passadas,
E são noites, e são tardes, e são dias bem passados,
Hoje em dia são lembrados, reciclados, repescados,
Mas nunca são repetidos, imitados ou forçados ..
E o meu meio envolvente sente um grupo consistente,
Como um povo que se estende, saem uns, entra mais
Gente,
E não me é indiferente que sapatos eu calço,
Com eles andei, vi e vivi mais que um precalço,
Através deles, milito e delimito o meu espaço,
Eu cago nos maus momentos, e os bons eu realço,
Tenho saudades do presente e do passado, eu juro,
E à noite, momento puro no escuro eu não descuro,
De pensar que até já tenho saudades do meu futuro..
Saudades do meu futuro..
Tu não vês, tu não vês .. ?
Que a saudade existe mais em português ?
Tu não vês, tu não vês .. ?
Que a saudade existe mais em português ?
Tu não vês, tu não vês .. ?
Que a saudade existe mais em português ?
Tu não vês, tu não vês .. ?
Que a saudade só existe em português ..
Mais do que a ideia,
Gosto de deixar fluir,
Mais do que sentir,
Gosto da palavra,
E a forma como se entrelaça, com um sentimento de
Pertença,
Convidando o tempo para uma dança,
Gosto como a música nos leva para longe, sem sair do
Lugar,
E sentir que se eleva, lá do alto onde os vejos,
Conhecem a distância que nos separa,
E quanto pesa o desejo, de voltar, de saudadiar,
Quero tocar onde dizes que dói,
Preciso de descobrir, essa saudade que torce e mói,
Alimenta, ou nos destrói..
Tu não vês, tu não vês .. ?
Que a saudade existe mais em português ?
Tu não vês, tu não vês .. ?
Que a saudade existe mais em português ?
Tu não vês, tu não vês .. ?
Que a saudade existe mais em português ?
Tu não vês, tu não vês .. ?
Que a saudade só existe em português ..
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Brasil
Já tenho o bilhete. Não há volta a dar! Seja o que Deus quiser...
domingo, 27 de maio de 2012
Choro..
Choro porque não me resta mais nada. Esvai-se toda a raiva contida em cada lágrima que brota dos meus olhos. Oxalá não volte do Brasil, poupava uma série de trabalhos. Não chateava ninguém... Não incomodava ninguém. Quem me dera que a minha existência fosse inexistente ou pelo menos passasse despercebida.
sexta-feira, 25 de maio de 2012
Temblando
Medo por ser cobarde, precipitada.. Talvez devesse pensar nas coisas antes de as fazer e não depois, mas só depois consigo avaliar como deve ser o que aconteceu.
Memories 2
"A vida é feita de pequenos momentos, cada pessoa guarda os seus. Obviamente os meus são diferentes dos teus e os teus diferentes dos de outra pessoa, mas é curioso pensarmos que todos estamos ligados por um fio, ainda que este possa ser muito fino. Há sempre algo que eu aprecio ou que eu não gosto que outra pessoa também. Bom, mas deixando-me de vaguear e indo ao que interessa.
Este, é um momento menos bom. É um daqueles momentos em que pedimos uma razão para viver, uma razão para estarmos aqui e continuarmos aqui. Momento em que pedimos para sentir, para nos sentirmos humanos e sentir o que quer que seja. Muitas vezes isso acontece-nos quando perdemos o nosso caminho ou quando achamos que nos desviámos um pouco da rota e nos sentimos perdidos. Pode não ser esse o teu caso.
A grande questão acaba por ser: O que fazer nessas alturas? O que podemos fazer para entrarmos de novo no carreirinho?
Tentar atalhos para a rua principal que é a nossa, a que traçamos todo o tempo ao longo da vida? Ou por outro lado deixar de tentar esse caminho e entrar num outro carreiro e recomeçar?
Adorava saber a resposta e poder partilhá-la contigo, amiga, a sério que sim.
Só nos resta tentar, tentar de tudo com todas as forças. E acreditar que havemos de conseguir.
Só assim "o mundo pula e avança" connosco lá dentro a pular e a progredir com ele."
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Tiempo al tiempo
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Trocas e Baldrocas
terça-feira, 22 de maio de 2012
Türkçe
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Fora da realidade
Não sei se é por estar doente, se por ser uma preguiçosa de um raio, se pelo que seja..
Só sei que não me sinto bem e apesar de me apetecer apanhar ar, espairecer, não o vou fazer, tenho até 4ª para dar a volta à situação.
Batidas rápidas em corações pulantes.
Não sei para onde me fugiram as palavras... Havia tanto para dizer e agora não sai nada.
Porque me queres ver? Porque fazes essas perguntas?.. Porque dizes que me quiseste? Porque me fazes rir? Porque te importas? Porque é que as minhas coisas coisas têm importância? Porque tenho importância? Será que fui fácil? Como se pode não ser fácil quando se ama? Quando se quer? Não posso ficar a pensar nessas coisas... A minha mãe pode até gostar de ti, mas eu não os voltaria a fazer passar pelo desassossego de outrora, os meus pais não merecem esse sofrimento e eu, certamente, também o não merecia. Muito provavelmente arranjavas maneira de estragar as coisas comigo.. Não saberás que vou estar tão perto outra vez, ou aventuras-te a ver-me uma vez mais. Prefiro recordar-me daqueles 3 dias com carinho (neste momento preferia não os recordar, porque me entristeço), se bem que não seja fácil, depois de toda a tristeza acumulada, de meses, que lhe caiu em cima. Mas tento sempre ir buscar o bom. E, sem dúvida que houve muita coisa boa. Não quero respostas às minhas perguntas sobre ti, é um caso encerrado, mas nunca pensei que o coração pudesse bater assim, ainda. Estamos sempre a aprender.
domingo, 20 de maio de 2012
"Olhos que não vêem, coração que não sente."
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Gritos e loiça partida!
quarta-feira, 16 de maio de 2012
domingo, 13 de maio de 2012
Feliz pela felicidade dos outros, mas infeliz pela minha infelicidade
Fiquei um pouco triste porque de repente veio-me à cabeça que a última vez que isso me aconteceu tenha sido em Agosto, contigo, mas não foi. Foi em Fevereiro. E nunca é nada demais. Se eu contasse a um puto ou miúda de 13 anos rir-se-iam na minha cara..
O calor não me deixa pensar..
Fico lembrando memórias, imaginando histórias q ñ a minha.
Sei q devemos ser responsáveis pelas nossas acções. Mas e se tivermos dúvidas em relação a possíveis acções? Se nao estivermos seguros de ser bom ou mau, teremos de ponderar e agir ou nao agir.
"O fumo denigre os pulmões da imagem da mulher."
Sou constantemente surpreendida pela vida. Quando penso que já sei tudo, que as coisas não dão mais voltas, que no fim de uma frase vem sempre um ponto final, eis que a vida me engana e aparece uma vírgula, um mas, um et cetera.
Não é assim tão mau, estar a ajudar dois amigos.
A verdade é que disponibilizo sempre o meu tempo para os outros.. Mas em troca não recebo nada.. E mesmo assim, mesmo depois de tudo... aqui estou eu a aconselhar-te, a ajudar-te... A querer que sejas feliz e não caias nas tretas dos outros...
Engraçado como consigo ajudar os outros mas a minha pessoa " 'tá quieto ó mau."
Mas as coisas vão mudar, vão mudando.
Noto sempre uma pitada de revolta nos meus desabafos ultimamente e isso enerva-me.
Há que viver a vida com calma e na maior, deixar as preocupações para outrem e talvez só assim se consiga.
Mas falar é fácil, né?
Inté.
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Esboços escritos em tempo de aulas.. 2-2
Sinto-me deprimida.
Como é suposto acabar esta porcaria? A não ser que a prof de Alemão mude, bem como a minha atitude e a minha vontade.
Devo ir ao Brasil no Verão.
Casais apaixonados? Não acho piroso nem lamechas. Acho lindo e maravilhoso e dá-me uma tristeza profunda não saber o que isso é.
Pensamentos terríveis afloram-me a mente. Tento não pensar neles, mas é irónico quanto mais se tenta não pensar em algo, mais se pensa nisso.
Vejo dois melros jovens, imponentes. A suas penas pretas luzem. Os seus bicos são de um laranja vivo. Um ataca o outro sistematicamente. Este último mais paciente, talvez, recusa a zanga. Não parece importado do outro o incomodar. Volteiam e atacam-se sem cessar. Esvoaçam e escondem-se entre os arbustos. Será uma perda de tempo? Não só de tempo, uma perda de tudo? Tudo não, porque algo é ganho, mais que não seja experiência. e calos, para não o voltar a fazer.
Queria acreditar, queria desesperadamente acreditar em algo.
Estamos em Maio, falta pouco mais de um mês para fazer um ano que fui ao Perú. Tudo foi tão diferente nessa altura. Os meus planos já não são os mesmos, a minha maneira de ver a vida também mudou.
Planos... ainda não voltei a pensar nisso seriamente...
Se me chamarem irei trabalhar, se não, não irei até Setembro. Em Agosto terei de pensar se trabalho e estudo ou se só trabalho.
Mais um rapaz a correr e distraio-me do meu pensamento. Correm mais dois...
Sinto-me culpada de não ter ido. Sinto-me frustrada do que pensei e do que fico sem saber.
Está na hora de me ir embora.
Uma frase ressoa a minha cabeça: "Donde te perdiste?"
Levanto-me e vou. 20:18H 09-05-2012
Esboços escritos em tempo de aulas.. 1-2
Tenho de acabar esta porcaria, procurar um trabalho e andar com a minha vida para a frente.
Tenho saudades da altura em que não sentia nada... Estado de apatia e desinteresse tal pela vida que bastantes vezes condenei, nesse tempo.
Como é que ela pôde fazer aquele juízo de valor sem sequer me conhecer? Eu sou sempre bem educada... Se o não fosse ao menos diziam coisas de mim com razão.
Olho para as raparigas da uni aqui à minha volta. São todas mais giras que eu. E eu estou ruiva, tenho um novo corte de cabelo e até estou com uma roupa consideravelmente interessante. No entanto, acho-me inferior a todas as demais... Tenho noção do quão fútil possa parecer este meu texto, mas se me diz respeito, se me incomoda, faz sentido que o escreva.
Estou farta de faltar. Esta é a última aula que falto este ano. Dê por onde der. Disciplina, miúda! Neste preciso momento deveria estar a fazer teste de Turco sobre o passado. Mas julgo que quando há vontade de escrever se deve aproveitar, antes que se vá.
Oiço passos, vozes, tudo me desconcentra neste corredor. Este corredor traz-me memórias. Recordo-me de em conjunto com os meus colegas de PPE, escrevermos um texto sobre o mesmo. Acabei com um 12 ou 13, nada mal.
Falam sobre Tradições Académicas e como são estúpidas as pessoas que os chamam de pinguins, por trajarem. A minha única preocupação é que descuidem a aprendizagem e passem o ano todo a fazer-me barulho à porta de casa e no meu jardim e no eu caminho de casa à uni e vice-versa. Entendo que seja uma tradição, mas não sou a favor...
Perco-me em pensamentos variados, muitos dos quais sem razão de ser. Concentração! Precisa-se, mas por que meandros voará? Onde estará, que não a vejo nas redondezas. Onde estarás? - penso. E é mais forte do que eu... (...)
Cheguei a uma conclusão a propósito de conhecer. Continuamente conhecemos pessoas melhores, mais interessantes, com mais coisas em comum, mais giras, mais seja lá o que for, dependendo da característica que mais valorizemos. Daí, talvez, a ideia sempre assente de não procurar mais, depois de encontrar a pessoa que melhor corresponda ao cargo. Se continuarmos a procurar e encontrar, respectivamente, pessoas melhores, como poderemos ficar presos a alguém que já foi ultrapassado? É possível que não o fiquemos, a minha questão exactamente.
Se não tenciono conhecer mais pessoas e as que conheço não estão interessadas ou disponíveis chego, talvez, à conclusão que vou ficar sozinha... Sendo isso algo que não quero, penso que a solução será conhecer mais gente. 09-05-2012 19:00H
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Às avessas com a redes socais...
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Ah, quando eu for forte e conseguir dizer que não....
Elogio ao amor (Miguel Esteves Cardoso - Expresso)
"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.
O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão alimesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios.Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há,estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje.Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, sãouma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nascostas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida,o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.
O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio,não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor éa nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.
O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe.Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Desencontros em rotação.
"Que importa?..."
"Agora, olhas-me tu altivamente,
Sem sombra de desejo ou de emoção,
Enquanto as asas loiras da ilusão
Abrem dentro de mim ao sol nascente."
(...)
Florbela Espanca
segunda-feira, 30 de abril de 2012
Bebida desenxabida de mágoas por contar
Dou o 1º gole e segundos depois as lágrimas começam a correr..
Encontrei uma garrafa de água por abrir no frigorífico.. A garrafa que comprei para levar para a Quinta da Regaleira,ideia que ficou, mas que não se chegou a concretizar. Ao pegar na garrafa doeu-me, veio-me tudo à cabeça outra vez e como não podemos voltar ao tempo que foi. Peguei na garrafa de Vodka, tanta conversa à volta de uma garrafa.. vou acabá-la para não ouvir falar mais dela, bebê-la para esquecer a sua existênia, a sua intenção, tudo acerca dela. Bebendo-a sozinha, apercebo-me que é assim que estou, que é assim que me sinto, sozinha, como sempre, depois das ilusões vãs que me atravessam a mente.
Não tenho pressa, a noite ainda é uma criança. São apenas 22h e eu tenho a noite toda para a beber, para acabar com a sua presença, deitar fora devagarinho, todos os momentos. Recordá-los, bebê-los e pouco a pouco deixá-los ir, pois já não me pertencem. Pertencem a uma história que não é a minha. As lágrimas insistem em cair e misturam o seu salgado com o doce da bebida. Bebo os momentos! Bebo as recordações, os erros, os momentos bons, tudo o que fez parte e tem de ser apagado da minha memória. Quero aceditar que estou apenas a beber para apagar a memória da garrafa. Por enquanto recuso-me a acreditar que desde o início deste ano me entrego à bebida para apagar as minhas mágoas..
Reli a conversa e não consigo evitar o derramamento das lágrimas, pensar que afinal não fui importante, que não signifiquei nada.. Palavras tuas sacodem-se e empurram-se dentro da minha cabeça e fazem doer mais. "Não te quero magoar.", "és uma pessoa especial", "és alegre e aberta"."quero-te bem", "se me vires ao longe grita por mim, eu oiço"... Parecem palavras saídas de outra pessoa que não tu, realmente. Queria poder gritar, arrancar isto de dentro do peito.. Isto que eu não escolhi, que eu nunca quis sentir.. Revoltei-me tanto contra este sentimento, recusei-o tanto até que não o pude ocultar mais... Só nessa altura o deixei crescer, e ele saiu-me do controle, desmesurou-se sozinho.
Daí a querer saber se era correspondida foi um instante... Insisti demais, mas o meu medo, prende-me os pés, mata-me, exactamente por ter sofrido tanto.. Por me fazerem acreditar, em vão.. Por saber que não há vivalma que me tenha querido. Não quero a pena de ninguém, para ter pena de mim estou cá eu.
Queria sentir, amar... Mas ainda não foi desta..
E agora é ganhar coragem para me erguer e seguir com a minha vida..
Se eu tivesse morrido em Machu Picchu evitava tanta coisa.. Morreria no auge da minha alegria, no local de sonho. Mas não o fiz e por algum motivo foi, mas não me peçam para acreditar, acho que não quero acreditar mais. Acreditar só traz esperança e sofrimento e disso estou eu farta.
Pára de pôr o coração à frente de tudo na tua vida.. Só assim sofrerás menos. Quem me dera poder...
Acho que metade já se foi.. Oxalá metade dos sentimentos também tivessem ido.
Continuo a beber, desta vez sem mistura, quase, sinto o álcool a queimar-me a garganta. Mas insisto neste desprazer, quero pôr-me à prova... Se deixar de seguir as regras apenas por uma noite, que poderá acontecer? Provavelmente nada, nunca acontece nada...
E provo com isto, que o álcool me dá sono. Ainda bem que não gosto de álcool.
domingo, 29 de abril de 2012
Sempre na mó de baixo... A mó de cima é para os vivos!
Porque continuo a acreditar? Acho que a vida já te mostrou vezes que sobrem que não vale a pena.. De certeza há algo de errado comigo. Inspiração? Só saem lágrimas. A dor manifesta-se no meu interior.. E a raiva... A raiva de sentir o que nunca quis sentir... Só me pergunto para que foram estes 4 meses? Na merda já eu estava.. Mal, já estava... Não precisava de passar pelo processo doloroso novamente, para chegar ao mesmo resultado.
Resumo sucinto do dia de ontem/ afazeres de amanhã (que é hoje).
sexta-feira, 27 de abril de 2012
05:50h 27-04-2012 curiosamente 4+2+1=7 e sobram 2 o que faz 27-72 e eu devo julgar que sou a rainha dos números capicua. Ou de relações com números pelo menos, esqueci-me que sou de Letras e detesto contas. E sim, sei que isto é um título. -.-
Simple Plan - Welcome to my life
Do you ever feel like breaking down?
Do you ever feel out of place?
Like somehow you just don’t belong
And no one understands you
Do you ever wanna run away?
Do you lock yourself in your room?
With the radio on turned up so loud
That no one hears you screaming
No you don’t know what it’s like
When nothing feels alright
You don’t know what it’s like to be like me
To be hurt
To feel lost
To be left out in the dark
To be kicked
When you’re down
To feel like you’ve been pushed around
To be on the edge of breaking down
And no one’s there to save you
No you don’t know what it’s like
Welcome to my life
Do you wanna be somebody else?
Are you sick of feeling so left out?
Are you desperate to find something more
Before your life is over?
Are you stuck inside a world you hate?
Are you sick of everyone around?
With the big fake smiles and stupid lies
While deep inside you’re bleeding
No you don’t know what it’s like
When nothing feels alright
You don’t know what it’s like to be like me
To be hurt
To feel lost
To be left out in the dark
To be kicked
When you’re down
To feel like you’ve been pushed around
To be on the edge of breaking down
And no one’s there to save you
No you don’t know what it’s like
Welcome to my life
No one ever lied straight to your face
And no one ever stabbed you in the back
You might think I’m happy
But I’m not gonna be okay!
Everybody always gave you what you wanted
You never had to work it was always there
You don’t know what it’s like
What it’s like!
To be hurt
To feel lost
To be left out in the dark
To be kicked
When you’re down
To feel like you’ve been pushed around
To be on the edge of breaking down
And no one’s there to save you
No you don’t know what it’s like (what it's like)
To be hurt
To feel lost
To be left out in the dark
To be kicked
When you’re down
To feel like you’ve been pushed around
To be on the edge of breaking down
And no one’s there to save you
No you don’t know what it’s like
Welcome to my life
Welcome to my life
Welcome to my life
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Desabafos tertuliosos
Ainda menos quando tenho de dar uma opinião sobre um assunto do qual nem opinião formada tenho..
E depois se não respondo sou mal educada...
Se respondo já tenho de fazer mais coisas que não quero, como adicionar pessoas que não conheço, que participam na tal discussão e que me enviaram pedidos de amizade e uma vez mais pareço mal educada se não adicionar...
Farta farta farta de fazer as coisas que os outros querem, de fazer as cenas pelos outros.
Argh! E depois não hei-de eu ter mau feitio..
_______________________//_________________________
Não chega, ainda me sinto irritada..
Mas por que raio, eu que estava tão bem na minha vidinha, depois de ver o Real Madrid a perder de forma completamente mirabolante, deparo-me com um comentário tão estúpido numa foto minha que não tem nada que ver. Fogo, mas as pessoas são obrigadas a dar opiniões agora, só porque uma pessoa qualquer assim o exige?!? Porque lhe apetece lançar um tema e juntar um grupo de pessoas por razões que vão lá lembrar ao Diabo... Eu não pedi para me juntar a grupo nenhum... E lá está, acabo a ter de responder a algo que não quero e adicionar alguém que não conheço para não passar por mal educada...
_______________/______________________
Finalmente está respondido e o pior é que sei que não fica por aqui, porque agora haverá resposta às minhas respostas, possivelmente citações minhas às quais terei de responder e é se não me fizerem mais perguntas...
Bah! Meti-me "num saco sem fundo"..
Memories
* 28/09/2007 "saudade..de tudo o que já passou.
Das coisas boas e das más. De tudo o que fez parte da minha vida e não faz mais.
Quem me manda a mim viver no passado e desperdiçar o presente e quem sabe até ignorar o futuro..."
Assim à primeira vista ia responder sim, mas comecei a pensar e tenho uma maneira de ser muito instável, e tem de ser o que quero, quando quero e acho que às tantas íamos andar as duas à porrada.. Depois pensei melhor e até era giro, sou uma pessoa que gosta de se dar, mas que gosta que os outros se dêem, por isso acho que íamos ser felizes. Mas não sei...?"
terça-feira, 24 de abril de 2012
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Amachucar e encestar no caixote de lixo.
domingo, 22 de abril de 2012
sábado, 21 de abril de 2012
Carla Morrison - Dejenme llorar
He estado recordando los momentos que te di,
cuántos tu me diste y porque ahora estoy aquí,
sentada en el suelo pensando que te quiero,
que te quise tanto, y que tu amor me es necesario!!!
Déjenme llorar quiero sacarlo de mi pecho,
con mi llanto apagar este fuego que arde adentro,
Déjenme llorar quiero despedirme en silencio,
hacer mi mente razonar que para esto no hay remedio....
Fueron tan bellos encuentros... amarnos sin miedo,
eres tu la noche y yo tu sueño, tu mi cuenta cuentos,
te olvidare lo juro, lo siento,
tu amor me hace daño,
y esto no puedes ya arreglarlo,
Pero amor como el mío no hallarás por ahí,
porque este amor apuesta hasta por mi...
Déjenme llorar quiero sacarlo de mi pecho,
con mi llanto apagar este fuego que hay adentro..
déjenme llorar quiero despedirme en silencio,
hacer mi mente razonar que para esto no hay remedio....(2x)
sexta-feira, 20 de abril de 2012
terça-feira, 17 de abril de 2012
Mudança de hábitos!
segunda-feira, 16 de abril de 2012
AHHHH!!
Zangada comigo e com o mundo. Como é possível, estar assim sem motivo? Ou há motivo e eu não o consigo descortinar?
Firo as pessoas.. Torno-me esta pessoa fria, porquê? Eu que não o sou por norma.
Queria que me chamassem da livraria, para mudar de ares, ter mais responsabilidade, mais em que pensar, para não pensar em coisas tristes.
O meu desabafo para o mundo:
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!
Já que sei que não vou gritar em pessoa...
sexta-feira, 13 de abril de 2012
quinta-feira, 12 de abril de 2012
O que é a felicidade?
Não estou com paciência para pensar! Dói-me a cabeça.
domingo, 8 de abril de 2012
Páscoa e noites em branco.
Perdi-me nas horas e a noite voou.
Queria poder saber as respostas sem fazer nada para tal acontecer. Tenho tanto medo.. Fraca! Medricas! Não sei de que tens medo. Não vai acontecer nada que já não tenha acontecido.
Precisa-se de coragem e confiança na minha pessoa!
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Passeando no Seixal.
Ao mesmo tempo vê-se vida: Um caranguejo que volteia na areia perto da pedra no pontão, com algas ao seu redor. No verde da vegetação que se faz sentir um pouco por todo o lado. Nas ondas do rio que ondulam agitadamente para a esquerda e até no vento que faz com que tudo pareça estar a mexer, as flores, a roupa, o cabelo..
Hoje disseram-me que tenho "sangue na guelra"por ser jovem. Não esperava outro tipo de analogia numa terra de pescadores. Envaideci-me com o piropo, confesso.
Vi uma papoila, que era flor que já não via há pelo menos dois anos.
O Sol brilha agora nas ondas murmurejantes do rio. O ar está mais quente apesar do vento poderoso e a corrente do rio está mais calma.
No chão, uma fotografia virada ao contrário, na sua pele pálida pode ler-se "Já só me resta o poste.", virando-a, porém, pode-se vislumbrar uns edifícios de canto. Ao centro um poste de madeira, agarrado a ele está um homem, jovem, um pouco sorridente. Penso na fotografia e sinto-me triste Será uma mãe que perdeu um filho? Ou uma relação que terminou? Será que aquele senhor ficou sem casa? Entristece-me saber que nunca saberei.
Seixal, 16:36H