quarta-feira, 4 de abril de 2012

Passeando no Seixal.

Seixal, terra de p's. De pescadores e políticos. Vêem-se mostras de abandono, de velhice e solidão.
Ao mesmo tempo vê-se vida: Um caranguejo que volteia na areia perto da pedra no pontão, com algas ao seu redor. No verde da vegetação que se faz sentir um pouco por todo o lado. Nas ondas do rio que ondulam agitadamente para a esquerda e até no vento que faz com que tudo pareça estar a mexer, as flores, a roupa, o cabelo..
Hoje disseram-me que tenho "sangue na guelra"por ser jovem. Não esperava outro tipo de analogia numa terra de pescadores. Envaideci-me com o piropo, confesso.
Vi uma papoila, que era flor que já não via há pelo menos dois anos.
O Sol brilha agora nas ondas murmurejantes do rio. O ar está mais quente apesar do vento poderoso e a corrente do rio está mais calma.
No chão, uma fotografia virada ao contrário, na sua pele pálida pode ler-se "Já só me resta o poste.", virando-a, porém, pode-se vislumbrar uns edifícios de canto. Ao centro um poste de madeira, agarrado a ele está um homem, jovem, um pouco sorridente. Penso na fotografia e sinto-me triste Será uma mãe que perdeu um filho? Ou uma relação que terminou? Será que aquele senhor ficou sem casa? Entristece-me saber que nunca saberei.

Seixal, 16:36H

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