domingo, 17 de maio de 2009

O que sinto por ti...

Sinto o que sei que não devia sentir. Apesar de ser quase ridículo, já estou habituada. Apaixono-me sempre com facilidade. E desiludo-me em grande. Sofro em grande.
Apaixonar é bom, é um sentimento bom, que nos faz sentir bem. A outra pessoa acaba por nem ter grande importância, desde que não saiba, eu posso ser feliz a gostar dela. Mas chega a parte em que começo a ter ciúmes, das pessoas que falam com ele, das pessoas que estão com ele todos os dias, dos amigos dele. E eu nem nunca o vi. Quer dizer estivemos no mesmo sítio, no mesmo círculo de pessoas, mas eu ainda não o conhecia.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

=(

É o costume, dizes que não como se fosses muito forte e depois ficas-te a chorar por teres dito que não.

E tudo volta ao mesmo

Aqui estou eu uma vez mais. Sem grande coisa para dizer, apenas que nada muda, pelo menos na minha vida. Vejo os dias, os meses, os anos a passarem e tudo na mesma...
Quando é que decido fazer um esforço por mim?
Quando é que decido mudar?
Quando é que mudo?
Não posso deixar a ansiedade tomar controlo nestes instantes, em que quero ver resultados, mas não quero fazer nada para isso.
Gostava de ter dinheiro e não trabalhar, gostava de ter boas notas e não estudar nem fazer nada para isso. Acho que acabei de descobrir a minha utopia. Bom, na verdade seria interessante, mas só se o dinheiro caísse do céu. Como isso não acontece, tenho de voltar para realidade.
Hmm, bom mas isto é um texto e se eu disser que o dinheiro cai do céu, pelo menos neste texto e no imaginário deste texto ele cai mesmo. Por isso posso afirmar que a minha utopia existe e que vivi durante dois anos assim, a ter boas notas sem ir às aulas e a ter dinheiro sem precisar de trabalhar, posso, inclusive, dizer que ao fim de dois anos a viver a minha utopia me fartei, cansei-me de ver sempre as mesmas pessoas, de conhecer e ir sempre aos mesmos lugares, de comprar as mesmas coisas, de sentir sempre os mesmos sabores, de ver sempre as mesmas cores, pois enquanto estamos a viver numa utopia não vemos o que se passa no mundo que toda as pessoas partilham, não conhecemos pessoas novas, lugares diferentes, coisas novas no geral.
E eu sou como Álvaro de Campos, "quero viver tudo de todas as maneiras." Apesar de às vezes não parecer, pois agarro-me muito ao passado, às memórias, tenho medo do desconhecido, tenho medo de experimentar, de provar, de ir. Tenho medo. Não sou quem quero ser, não faço o que quero fazer e não percebo o que me impede de o fazer. Não tenho nada a amarrar-me os pés, nem as mãos, nem a boca, e no entanto não faço nada do que gostaria de fazer.
Não completo projectos meus. É o que eu digo, eu sou um João da Ega que para aqui anda.
E hoje, na esperança de dias melhores, de me libertar da sombra do que me prende, fico-me por aqui.