terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Reivindicar espaços.

Senti a necessidade de escrever.
Não sinto que esteja no mesmo sítio desde 2007, ano em que criei este meu espaço.
É verdade que a vida dá voltas, e há dias melhores e outros piores.
Mas sinto que evoluí o que pude evoluir, o que me foi permitido evoluir e com os recursos que me foram dados fiz o que melhor pude.
Não me arrependo de ser a pessoa que sou, porque sei que estou em constante melhoria, todos os dias luto para me tornar uma pessoa melhor, à excepção dos dias em que não sinto forças para lutar e que acho que não vai valer de nada e, por essa razão, deixo-me cair na ociosidade extrema que aparenta ser indolor e sem preocupações. Mas a verdade é que elas não me abandonam, por isso sei que sou melhor que o que me pintam. E o que me importa é exactamente isso, a minha visão de mim, tendo em conta o que vejo como real de mim.
E é por isso, porque este espaço é meu, e porque bocados de mim estão aqui. E porque aqui cresci e vivi e por opção por aqui andei sempre que me senti pior, foi o meu apoio em horas menos boas, porque nas boas estamos tão ocupados em viver que nem nos lembramos que temos mágoa para escrever ou felicidade ou vida. Quando estou feliz vivo o momento e raramente sinto necessidade de escrever, raramente me sinto inspirada nessas alturas.
E porque no fim só me importa a minha visão de mim, que reivindico este meu espaço, que o deixo aberto aos olhos alheios, porque sei que há quem me leia regularmente, e apesar da boa ou má qualidade dos meus textos, sei que alguns são bocados de mim, outros foram inspirações minhas, das quais não me arrependo. E nessa medida volto a pôr este meu espaço público e publico todos os textos que bem me aprouver.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Amor, armo o ramo! Amor mora em Roma!

Meu amor, largaste-me a mão.
Procuraste-me no sem fim de flores do matagal,
Mas eu sou especial.
Outra como eu não encontraste.

Largaste-me a mão e fugi, desamparada.
Andei perdida, errante, nos caminhos da vida.
A minha mão estendida, a tua, de volta, ansiava.
Mas o destino, amor, trocou-nos as voltas.

Nunca mais te vi, o ar abstraidamente pensativo.
A tal mão, suave, quente, que a minha procurara.
A vivacidade do olhar, a marotice no sorriso.
Os milhares de passos que os teus pés comigo partilharam...

Andámos,
Murmurámos,
Obnubilámos sentimentos
Ruínas de memórias permaneceram em nós.

Amei-te tanto! E hoje..
Recordo tanto..
Morro de saudades.
Ontem não é hoje..

O ontem não se torna em amanhã!

Rancorosamente
Amo ainda,
Mais do que julgara amar.
Odiei mais do que queria sentir!

Amor,
Mora em mim, amor.
Onde vais com tanta pressa?
Respira, retorna e responde.

Maldito sejas,
Outro amor, procurarei.
Recuperarei o coração
Ardente por ti, todavia.

Em ti aprendi a amar..
Maravilhas me ensinaste, amor.

Rumo agora a outra vida.
Outra, que melhor me preencha,
Me cuide, me trate e fundamentalmente
Ame!


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Palhinhas

either you treat them like friends or you treat them like men.
You can't have both sides of the straw at one time.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Não sei de mim..

Hoje não me encontro.
Não vos entendo, não me sinto acolhida nesta casa que também deveria sentir como minha.
Estou farta de discussões e, no entanto, não consigo parar de me enervar.
Quero tomar uma decisão, um princípio de mudança e não arranjo maneira de começar.
Quero mudar coisas e não arranjo força para começar num dia que não seja um amanhã longínquo, que já duvido que apareça.
Contigo, sinto-me tão enganada, tão traída, ou talvez não sinta.. não sei de mim.
Mas irritada por ter andado com alguém comprometido sinto-me, apesar de não ter a menor culpa no caso.
Sinto-me triste por querer estar bem contigo, e parecer que só sabemos discutir..
Será que nós já não somos "nós"? Que a amizade que nos unia tenha esfriado? Não quero acreditar nisso, mas a verdade é que as coisas estão diferentes. E de maneiras distintas com cada um de vocês.
Queria ter à vontade a conduzir e nunca mais começo. Tenho onde ir, onde estar.
Não quero estar aqui, mas não arranjo um trabalho e tento pirar-me.
Ando tão irritada que não me reconheço..
A verdade é que não sei de mim.
Sei que sou influenciável, mas parece-me fazer sentido, explica muita coisa em mim.
E tenho tanta coisa e nada na cabeça ao mesmo tempo.
E as decisões estão à espera de ser tomadas, ou a estagnação à espera de tomar controle.
As tarefas acumulam-se na minha lista de papel, assim como os meus sonhos se acumulam na minha cabeça, ambos por realizar.



quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

coisas amontoadas

Para quê viveres tantas vidas?
Se calhar eras muito mais feliz se vivesses apenas uma e tirasses dela todo o proveito que podes tirar.

Quanto a mim, acho que a minha amiga tem razão, tenho de parar de tentar ser amiga das pessoas e principalmente tenho de parar de me preocupar com as pessoas..

Things

I miss the peace I felt While I was hanging with you.
How everything was so quiet, yet so unsettled.
I trusted you completely though I've not always talked what was on my mind
I guess I was letting that stay to days that would  wind up.

That's how I've dealt with so many things with you.
We spent so many time, just walking, just wandering around
Talking about each and every thing, that probably I never thought that would come a day when time wasn't enough, when we would stop hanging out.



/P

É pena que esteja destinado a acabar..
Como se pode confiar em quem nos mente à cara podre?
Dei-te uma oportunidade de te justificares, de seres sincero, de ganhares uma amiga.
Caí na conversa e dei-me demasiado.
Mas talvez te tenhas dado a demasiado trabalho para o que te dei.
Se não tivesse descoberto hoje, ser-me-ia muito difícil voltar a duvidar de ti.
Pagaste-me o café, novamente foste um gentleman.
Carinhoso, entregaste-te mais.
Eu também.
O meu nariz a tocar no teu nariz, os teus olhos verdes a olharem em cheio nos meus, a ternura com que me falavas, ficou-me na memória.
Os meus braços à volta do teu pescoço, os teus braços na minha cintura, as cócegas na barriga, as brincadeiras na rua ...
As vezes em que te pus o capuz na cabeça, a maneira à vontade e atrevida, até, como às vezes estava contigo na rua.
A química, a adrenalina...
Mas as coisas não vivem só disso, e a mentira tem perna curta.
E hoje, hoje perdeste uma amiga. Infelizmente.

"É que hoje fiz um amigo e coisa mais preciosa no mundo não há."

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Akeboshi - Wind



Cultivate your hunger before you idealize.
Motivate your anger to make them all realize.
Climbing the mountain, never coming down.
Break into the contents, never falling down.

My knee is still shaking, like I was twelve,
Sneaking out of the classroom, by the back door.
A man yelled at me twice though, but I didn't care.
Waiting is wasting for people like me.

Don't try to live so wise.
Don't cry 'cause you're so right.
Don't dry with fakes or fears,
'Cause you will hate yourself in the end.

Don't try to live so wise.
Don't cry 'cause you're so right.
Don't dry with fakes or fears,
'Cause you will hate yourself in the end.

You say, "Dreams are dreams.
"I ain't gonna play the fool anymore."
You say, "'Cause I still got my soul."

Take your time, baby, your blood needs slowing down.
Breach your soul to reach yourself before you gloom.
Reflection of fear makes shadows of nothing, shadows of nothing.

You still are blind, if you see a winding road,
'Cause there's always a straight way to the point you see.