sábado, 29 de dezembro de 2012

Espaços cinzentos por florir.

Não te escrevo mais cartas, não.
Cansei-me de te procurar nos becos sombrios das vielas, de te procurar nos anseios de uma planta do jardim, de te procurar, enfim, nos recantos das ruas por onde passo.
Uma frase ressoa, mas eu sou teimosa em escutar, o que tiver de ser teu será.. E não concordo e não alcanço. Estou aquém, presa em dores e sofrimentos que por mim gero. Ah, mas se me soltasse.. Uma esperança e uma espera de mundos melhores, de onde a felicidade é rainha, se ao menos eu me deixasse.
Se eu me deixasse ser feliz. Se conseguisse inspirar esse antídoto que faz com que tudo esteja bem. Se eu me inebriasse com essa poção.. Mas essa extasiante vida não é para mim, eu vivo de mágoas e em dores, vivo de sofrimentos constantes. Presa numa escuridão que eu criei, mas da qual não me sei soltar.
Por isso, não te escrevo mais cartas, não.

1 comentário:

  1. "Uma frase ressoa, mas eu sou teimosa em escutar, o que tiver de ser teu será"

    o que, nas tuas palavras, tiver de ser poesia, será, amor!

    deste texto, não digo que é "bonito" ou "belo", direi que é mesmo muito bonito e muito belo.
    pois é!!


    HK

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