sábado, 31 de março de 2012

Viver a vida

A vida é tão confusa, que talvez o melhor seja deixar de a tentar compreender. Nunca podemos saber em que pensam os outros, quais são as suas intenções. Se a minha presença não é suficiente e se não é desejada porque estou lá? Tanta coisa que desconheço, tanta. Talvez seja essa a melhor forma de viver, passando pela vida com leveza, não pensar tanto, não dar tanta importância às coisas. Mas como mudar as coisas que já passaram de defeito a feitio? Ai, ai.. Faço sempre tanta pergunta e nunca chego a conclusão alguma.

terça-feira, 27 de março de 2012

Crying my heart out!

Queria saber porque choro. Porque pareço uma fonte na última meia hora? É irónico como a pessoa que me consola, que me entende foi a que provocou tudo no início do ano. É triste saber que foi a única pessoa que me abraçou, que me pegou na mão, que me viu como uma mulher, a única pessoa... Para depois ser o que foi. A verdade é que apareceu uma pessoa na minha vida, que me conseguiu puxar, sem que eu me desse conta. A minha vida que estava a cambalear, como uma mesa com rodas com uma roda partida, de repente parecia fazer sentido de novo... Até que deixou de fazer.. Essa pessoa afastou-se, quando eu começava a dar os primeiros passos à sua procura. Demoro, porque nunca tive sorte, demoro porque tenho medo. Porque acho sempre que valho menos.. quando sei que não é bem assim. Demoro para ter a certeza que é certo, que não me vou magoar. Demorei e algo mudou, aliás tudo mudou.. Até que cheguei ao ponto em que não há volta a dar, tenho de esquecer tudo... Fazer de conta que não existiu. E quem está lá para me apoiar? De quem é que quero um abraço sentido? Dessa mesma pessoa do início e o mais irónico é que vive noutro continente... Ou seja, nem a porcaria do abraço vou receber...

segunda-feira, 26 de março de 2012

Givin' up.

Once again here I am, givin' up on someone once more.
Getting back to something I don't want, just to avoid all the pain inside.
It's not easy to do so, but it is worst to let it go.
This way I'll only be fooled again.
Couldn't care less..

sábado, 24 de março de 2012

23 de Março- 11 anos depois.

A cada ano que passa sinto que é mais ridículo recordar-te.. Continuas muito bem no teu relacionamento e nem te deves lembrar de mim.
Nunca mais te vi. Já passaram anos.
Recordo o teu beijo neste dia. Memória que ficou.
Confesso que preferia ter outras que recordar, outras que não tuas, outras que não de há 11 anos.
Fui tão feliz nesse dia, há 11 anos atrás.
Hoje, fui feliz de outra forma. Com um abraço de amizade, amizade essa que ainda não chegou a 11 anos, mas que espero lá chegar.
Diverti-me, cantei, pulei, dancei.Consegui esquecer tudo o resto por um momento.
Mas agora voltei. Voltei à minha vida, que se encontra tão instável e tremida.
Rezo por ter força, força para lutar!
Na ausência dos teus dedos
Vou escrever um poema
Que não me encha de Pretéritos
Mas de Primavera por florir.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Em vão - Florbela Espanca

Passo triste na vida e triste sou,
Um pobre a quem jamais quiseram bem!
Um caminhante exausto que passou,
Que não diz onde vai nem donde vem.

Ah! Sem piedade, a rir, tanto desdém
A flor da minha boca desdenhou!
Solitário convento onde ninguém
A silenciosa cela procurou!

E eu quero bem a tudo, a toda a gente...
Ando a amar assim, perdidamente,
A acalentar o mundo nos meus braços!

E tem passado, em vão, a mocidade
Sem que no meu caminho uma saudade
Abra em flor a sombra dos meus passos!

quarta-feira, 21 de março de 2012

Luar primaveril!

Se num dia mau saem coisas bonitas, porque custam a sair coisas bonitas num dia que não foi tão mau?
Queria a Lua, queria um jardim, queria um lago, um anoitecer ou um céu estrelado.. Longe de tudo e todos. Onde nenhum ser ouvisse os meus gritos abafados,as lágrimas que colecciono no meu peito. As dores que o preenchem, na dúvida que não deveria existir. Às vezes não sei se ela está lá, se todos a vêem ou sou só eu..
Eu que não consigo descodificar a mensagem.

terça-feira, 20 de março de 2012

Arrgh!

I keeping on doing my mistakes, I keep on regretting my regrets. I keep on hurting with my soul..

segunda-feira, 19 de março de 2012

Deixar de viver no passado

Talvez devesse deixar de viver no passado. Já é mais do que hora de começar a viver... Ergue-te, muda! Mostra que és mais e melhor, não te guardes para a altura-chave que muito provavelmente não virá ou tardará em vir! Não tenhas medo de arriscar, ainda que as coisas não corram bem como até aqui..
Há que ter força , fé e acreditar!

sexta-feira, 16 de março de 2012

Parabéns avó!

Sei que não mudaria muito estares cá meu Anjo.. Pensando melhor, mudaria tudo, acho que tudo seria diferente. Continuava no nosso quarto. Proteger-me-ias, dir-me-ias histórias do passado que eu atentamente escutaria. Tudo seria tão diferente... Poder ver o teu sorriso, ouvi-lo, o teu olhar, as tuas mãos... O coçares-me as costas quase até adormecer, o passares-me os dedos pela cara enquanto cantavas tão meigamente, pequenos gestos que me faziam tão feliz.
Recordo agora aquele dia infeliz para nós o princípio do fim. Eu tinha estado no S.V.P. com as minhas antigas colegas, tinha-me divertido e de alguma forma quando entrei no metro para vir para casa estava com um mau pressentimento, tinha a impressão que que algo de mal acontecera ou iria acontecer.. Quando estava a atravessar o jardim as luzes estavam apagadas e a minha mãe à janela. Não sorriu. Estava com um ar triste. Quando entrei em casa e vi que os seus olhos estavam vermelhos, perguntei logo: "A avó?" A minha mãe não disse nada por um bocado, até que por fim disse calmamente: "A avó está no hospital." Ao que parece pegou na bebé da empregada e sentou-se no sofá, o meu irmão chegou da escola, falou-lhe, foi para o quarto e nem 1 minuto depois ouviu um barulho e a bebé a chorar. Quando chegou à sala, esta estava no chão, ainda a chorar, enquanto que a minha avó estava desmaiada no sofá. Tinha tido um AVC. No hospital deram-lhe 24h e disseram que se recuperasse ficaria sempre com mazelas. Passaram as 24h e a minha avó estava em semi-coma. Esteve assim perto de um mês, não falava, não abria os olhos, mas apertava-nos a mão com a sua doçura de sempre.Ouvia-nos! Ouvia-me dizer ao ouvido: "Gosto tanto de ti, avózinha! Melhora depressa!", "Meu Anjinho", "És uma Santa." e "Vales mais que mil Santas!", entre outras coisas. No dia em que acordaste havia um problema com o nº de visitas e eu não podia ir primeiro, então fiz birra e disse que já não queria ir. Até que me contaram que a primeira pessoa por quem perguntaste foi por mim. "Onde está a minha menina? Onde está a minha Paulinha?" Pediste também um púcaro pequenino, de metal, com água, tinhas sede e querias beber por ali. Dizias que a água ficava mais fresca. Fiquei tão feliz quando voltaste para casa. Como o AVC tinha sido no lado direito do cérebro, não podias mexer o esquerdo., pusemos uma cama articulada, precisaste de um fisioterapeuta.
No 1º ano ainda te levámos à sala, ainda te cantámos os parabéns.. Estávamos tão tristes por já não seres a 100% a pessoa que eras e, ao mesmo tempo, tão felizes e orgulhosos pela tua incrível força para estares connosco apesar das dores. Ainda sopraste e apagaste as velas. Senti-me tão orgulhosa nesse momento. Infelizmente no segundo ano já não foi possível.



Uma vez veio o Padre António visitar-te, pessoa que estimavas tanto e que te tem tanta estima(ainda há dias, no funeral da avó da Cristina, me disse que eras tão boa avózinha, fiz um esforço para não chorar e em vez disso sorrir, esbocei um sorriso e disse: "É verdade!" Disse-me que me parecia a ti e mais uma vez me enchi de orgulho.) e perguntaste logo à mãe se já lhe tinha servido um lanchinho, para fazer chá e pôr pão, bolachas na mesa.. Todos ficámos emocionados, porque apesar de tudo continuavas a ser tu, tão preocupada com os outros como sempre. Todas as vezes que o Padre António vinha fazias-lhe um lanchinho com todo o gosto. Eras tão generosa!
Até que mais para o fim já baralhavas um pouquito as coisas, a maldita escara nas costas teimava em ficar ali, uma semana antes de faleceres apareceu-te gangrena nos dedos dos pés. Temíamos o pior, que o pé tivesse de ser amputado. Até que 3 dias antes de partires, a luz do nosso quarto começou a ficar sem força, a perder a intensidade, a lâmpada dava cada vez menos luz. No dia 5 de Dezembro de manhã quase se extinguira, e tu também estavas fraquita. O meu pai mudou a lâmpada. Eu fui para a escola. À hora de almoço, os meus pais foram ter comigo, porque ia ter uma consulta de saúde. Enquanto eu estava sozinha com a médica, a minha mãe recebeu um telefonema. A minha madrinha tinha estado lá. A empregada levou-a à porta e quando voltou, a minha avó não respondia e parecia não respirar. A empregada acordou o meu irmão mais velho para que ele visse. Ele confirmou, estava morta. Os meus pais disseram aos meus amigos, ao Tito à Ninhas, à Kris e à Ró, disseram à prof. de moral. Quando saí da consulta e os vi lá, toda eu era sorrisos, não entendia as suas aras. A minha mãe diz-me: "A avó está muito mal.." Eu percebi.. Começo a chorar, eles agarram-se a mim, eu coro com mais força e digo que sinto um aperto,de seguida a Rosa aperta-me com mais força, momento hilariante no meio da tristeza, que não tenciono esquecer. A prof de Moral esteve a falar comigo, a acalmar-me. Ela e o Zé trouxeram-me a casa. Cá em casa, depois do médico sair e de a vestirem, eu entrei no quarto fiquei aos pés da cama, olhei para ela. Não tive coragem de lhe tocar, não a queria sentir fria. O Tito ficou comigo, o Xico contava-nos piadas, mas eu não conseguia rir muito. A muito custo consegui entrar na casa mortuária. A dor... quando as pessoas me davam os seus pêsames. Lembro-me que mal consegui comer, que fui dormir para o quarto dos meus pais. No dia seguinte não fui ao funeral. Queria ter tido outra idade ou outra forma de pensar, na altura. Queria ter aproveitado cada segundo daqueles últimos dias. E foi assim que te perdi!

quinta-feira, 15 de março de 2012

Vontades desavontadeadas.

Tanto por viver e não há vontade para ir a parte alguma.. Há vontades que não deveriam de existir, talvez. Quem sabe, o tempo o dirá. Estou à espera, ansiosamente, de uma resposta. Se fosse positiva talvez não tivesse de me preocupar tanto com a uni, ou talvez deixasse de me preocupar de vez. A minha vida mudaria muito. Mas estou farta de pisar terreno movediço,preciso que as coisas comecem a estabilizar, para que tudo se possa endireitar. E preciso que certas pessoas parem de se intrometer na minha vida. Isso sem duvida. Longe, estaria longe dessas pessoas também. Resta espera e ver o que traz o futuro.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Nunca te detenhas!

Nunca te detenhas
(Madre Tereza de Calcutá)

Tem sempre presente, que a pele se enruga,
que o cabelo se torna branco,
que os dias se convertem em anos,
mas o mais importante não muda !

Tua força interior e tuas convicções não têm idade.
Teu espírito é o espanador de qualquer teia de aranha.

Atrás de cada linha de chegada, há uma de partida.
Atrás de cada trunfo, há outro desafio.

Enquanto estiveres vivo, sente-te vivo.
Se sentes saudades do que fazias, torna a fazê-lo.

Não vivas de fotografias amareladas.
Continua, apesar de alguns esperarem que abandones.

Não deixes que se enferruje o ferro que há em você.
Faz com que em lugar de pena, te respeitem.

Quando pelos anos não consigas correr, trota.
Quando não possas trotar, caminha.
Quando não possas caminhar, usa bengala.

Mas nunca te detenhas!

terça-feira, 13 de março de 2012

Tudo se muda sem nos darmos conta

Num só dia a vida pode dar voltas..
Quem me viu na aula de Turco hoje à tarde não imaginaria onde estive de manhã.
Nestes últimos dias tenho sentido falta de ser reconfortada..
'Tou sempre em baixo ou com medo. Não durmo direito, tenho sempre afazeres e coisas combinadas com alguém.
E para melhorar hoje vim dormir para a sala. O que significa um sono não tão descansado.

sábado, 10 de março de 2012

Mais uma noite em claro..

Impressionante... mais uma noite sem dormir. Como passa o tempo, sem avisar, sem q me aperceba.. Preciso de dormir...

Scheisse!

Detesto ser como sou! Detesto que não me compreendam, detesto tanta coisa mais! E isso sim, tenho detestado com toda a alma do meu ser. Detesto a maneira como me deixo levar, a maneira como me deixo ser fooled by the others.. Detesto estar sozinha,detesto estar com gente. Detesto não ter respostas às perguntas que não faço tenções de fazer. Detesto chegar sempre à mesma conclusão. Detesto não poder fazer as coisas à minha maneira.

domingo, 4 de março de 2012

Andar de um lado para o outro e festas surpresa.

Estes últimos dias têm sido um corrupio. Muitas viagens entre a minha casa, a uni e o metro do Campo Grande, muitas vezes por dia para lá e para cá, também tenho ido muitas vezes ao Colombo. Cruzes credo.
A festa surpresa para o meu pai resultou num jovem Esteves de 14 29's de Fevereiro extremamente emocionado! Fiquei muito feliz com o resultado, apesar das pessoas que não foram e das que não consegui convidar. Festa essa que para mim terminou apenas há bocado e em cheio, chegando a casa com um apagão. Foram bons os momentos de convívio. Também foi bom rever os amigos, os familiares e os conhecidos que já não via há muito tempo.
A acrescentar uma entrevista que não deu em nada.
Com tanta coisa, tenho sido um pouco desleixada com a uni.
Já passa das 6h da manhã e eu com tanto para fazer depois de acordar...