Dizem-me que pense de determinada maneira, mas não consigo. Eu sou eu! Posso ouvir as vossas opiniões, os vossos conselhos, mas não posso pensar como querem que pense, a menos que seja isso que eu queira pensar. Porque não os sigo se é possível que até tenham razão?
Tenho de acabar esta porcaria, procurar um trabalho e andar com a minha vida para a frente.
Tenho saudades da altura em que não sentia nada... Estado de apatia e desinteresse tal pela vida que bastantes vezes condenei, nesse tempo.
Como é que ela pôde fazer aquele juízo de valor sem sequer me conhecer? Eu sou sempre bem educada... Se o não fosse ao menos diziam coisas de mim com razão.
Olho para as raparigas da uni aqui à minha volta. São todas mais giras que eu. E eu estou ruiva, tenho um novo corte de cabelo e até estou com uma roupa consideravelmente interessante. No entanto, acho-me inferior a todas as demais... Tenho noção do quão fútil possa parecer este meu texto, mas se me diz respeito, se me incomoda, faz sentido que o escreva.
Estou farta de faltar. Esta é a última aula que falto este ano. Dê por onde der. Disciplina, miúda! Neste preciso momento deveria estar a fazer teste de Turco sobre o passado. Mas julgo que quando há vontade de escrever se deve aproveitar, antes que se vá.
Oiço passos, vozes, tudo me desconcentra neste corredor. Este corredor traz-me memórias. Recordo-me de em conjunto com os meus colegas de PPE, escrevermos um texto sobre o mesmo. Acabei com um 12 ou 13, nada mal.
Falam sobre Tradições Académicas e como são estúpidas as pessoas que os chamam de pinguins, por trajarem. A minha única preocupação é que descuidem a aprendizagem e passem o ano todo a fazer-me barulho à porta de casa e no meu jardim e no eu caminho de casa à uni e vice-versa. Entendo que seja uma tradição, mas não sou a favor...
Perco-me em pensamentos variados, muitos dos quais sem razão de ser. Concentração! Precisa-se, mas por que meandros voará? Onde estará, que não a vejo nas redondezas. Onde estarás? - penso. E é mais forte do que eu... (...)
Cheguei a uma conclusão a propósito de conhecer. Continuamente conhecemos pessoas melhores, mais interessantes, com mais coisas em comum, mais giras, mais seja lá o que for, dependendo da característica que mais valorizemos. Daí, talvez, a ideia sempre assente de não procurar mais, depois de encontrar a pessoa que melhor corresponda ao cargo. Se continuarmos a procurar e encontrar, respectivamente, pessoas melhores, como poderemos ficar presos a alguém que já foi ultrapassado? É possível que não o fiquemos, a minha questão exactamente.
Se não tenciono conhecer mais pessoas e as que conheço não estão interessadas ou disponíveis chego, talvez, à conclusão que vou ficar sozinha... Sendo isso algo que não quero, penso que a solução será conhecer mais gente. 09-05-2012 19:00H