sábado, 16 de agosto de 2014

Saudade de fim de tarde

O dia escurece, faz-se noite diante dos meus olhos que anseiam o teu rosto. Estou longe ou estarás tu longe de mim. Sabe-me a vertigem a falta dos teus lábios suaves nos meus. Entontece-me o tanto que te penso e o tao pouco que te digo. Por vezes nao me compreendo quando cubro de nuvens cinzentas a nossa imagem espalhada no chao. Chao que me foge quando a chegada da noite é triste e me afogo em ausências. A água tão parada quase parece nao estar lá, mas se, de rajada, experimentasse mergulhar, a proxima golfada saberia a pedra, a cloro e a sangue. Porque o mais fundo parece mais raso e o mais raso mais fundo. Assim, me confundo no emaranhado do ser ou nao ser.

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