Fogem-me as palavras.
Saem sem tom nem som.
Oiço-me, não me reconheço.
De onde veio a coragem?
De onde veio a força de gritar
O que só cabia no meu peito?
Fica-me atravessada na garganta
A consequência daí resultante.
Mas ainda bem que não continuei a calar,
Ainda bem que deixei sair esta angústia
Que me prendia os pés.
Eu não era mais chão firme para pisar.
Não era mais borboleta livre, a voar.
Era um misto de ressentimento e prisão.
Medo de falar, de soltar a voz.
Mas não me sentia bem naquele lugar.
Agora? Vou voar por aí ao meu ritmo.
Há 1 semana
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