quinta-feira, 18 de julho de 2013

Verão, beija-me o tempo

Numa tarde veranil a carência foi mais forte.
O corpo cede à carne, lentamente, renunciando  cada toque, cada beijo, cada contacto da tua pele suave na minha.
Mas aos poucos, cedendo.
Cedendo aos inúmeros beijos;
Cedendo aos cafunés;
Cedendo ao calor e à respiração intensa, ofegante.
Insistência.
Um abraço e a tua insistência novamente.
Cada vez mais juntos e beijinhos vão surgindo por todo o lado, todo menos na boca, esse lugar tão desejado, mas por mim tão panicado.
Pensei e convenci-me, hoje não há beijos desses.
Mas fui tocando
fui beijando,
A mente, ao início longínqua, deixou de tomar controle e o corpo cedeu ao desejo
e beijou
como nunca,
como sempre.
Diferente de cada vez que acontece.

18/07/2013

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