quinta-feira, 26 de julho de 2012


Preciso dos teus sonetos
Da minha mágoa exacerbada,
De chorar nas tuas palavras
A minha vida amargurada.

domingo, 22 de julho de 2012

Melros pulantes em pereiras que florescem


Estou acordada e não consigo dormir.
A manhã amanhece lenta, cinzenta, não se vê nem uma gota de Sol.
O carro saiu ainda não eram 8H da manhã. E como é que não ouvi o portão? Nem o  carro a sair?
Cães em matilha, trabalham em equipa, lutam dia-a-dia pelo bem da sua família.  E o mundo deles é esse enquanto o meu mundo é simultaneamente tão maior e tão mais pequeno, mas cruza-se com o deles.
Uma holandesa com um ancinho, a fumar, o filho atrás numa bicicleta, o cão, bonito, branco, à frente.
Passa pela matilha, algazarra estrondosa, a holandesa grita, palavras que desconheço mas posso imaginar, enquanto bate com o ancinho no chão. 
Os pássaros fazem-me razia!
A vizinha com o carrinho de mão certamente vai apanhar mais alfaces, cebolas e pêssegos... pêssegos...
Pêssegos a apodrecer, bichos que se metem nos ouvidos (como dizia a minha avó à minha mãe quando eu e os meus irmãos éramos pequenos) a sair do pêssego quando o corto. Possivelmente a vizinha trará mais pêssegos e mais alfaces e mais cebolas.
A vizinha desapareceu na curva da estrada.
Quero dormir, mas não tenho sono. Sinto cansaço e ainda é cedo.
Penso na vida, como é efémera e tão rapidamente muda. Há um ano estava em Lima, Perú, hoje estou em Covas e daqui a um ano, exactamente, não faço ideia onde estarei.
Penso em promessas que não posso fazer.
Os pássaros esgravatam o chão à procura de minhocas e outros bichos que por lá andem.
O Sol conseguiu penetrar a imensidão das nuvens, mas o vento é demasiado fresco.
03 de Julho de 2012 09:00H

sábado, 21 de julho de 2012

Manhãs de aspecto outonal despertam em mim.

Ainda não adormeci, no entanto, o céu vai ficando cada vez mais claro.
Junto à janela do meu quarto vejo o laranja sobre o laranja do Sol que vai nascer.
Já passa das 6h e não tarda ele vai iluminar esta territa.
O sobressalto madrugador dos Bombeiros sumiu-se sem deixar rasto: Não se vê fumo ou fogo para onde quer que se olhe.
Sinto-me feliz, em paz com o Mundo.
Gosto dos amanheceres na terra. Têm sabor especial, porque sei que estou de férias e que posso ficar acordada e vê-los. É o meu evento especial.
Gostaria que esta noite não acabasse e, de certa forma, ao não dormir estou a torná-la eterna na minha vivência.
Aprecio a brisa fresca pois têm estado dias de muito calor.
Daqui vejo a Serra do Caramulo,(sei que a da Estrela está lá atrás) vejo árvores de fruto e que boas, abrunhos vermelhos rainhas-claudia e até nectarinas, vejo um recanto de especiarias, vejo como as plantas da minha hortinha cresceram. Já tenho um pimentinho a nascer. O meu primeiro pimento. Que orgulho!
Ah, sinto-me bem! Nada como o amanhecer na terra!

18/07/2012 06:20H

domingo, 8 de julho de 2012

Desabafos de um dia em cheio!

Dizer-te que não brinques comigo e dizer-te a ti que não vais estar comigo e com 3 mulheres mais.. Que não quero que venhas ter comigo.. (Com elas podes estar.. Não tenho nada a ver com isso) E que não quero ir ter contigo, que estou magoada..
E que estou triste e que nunca tenho nada a que me agarrar...
E que, talvez, haja coisas de mim que não quero que conheças, pelo menos para já.. E que, se calhar nem mereces conhecer um dia...