Aqui estou eu uma vez mais. Sem grande coisa para dizer, apenas que nada muda, pelo menos na minha vida. Vejo os dias, os meses, os anos a passarem e tudo na mesma...
Quando é que decido fazer um esforço por mim?
Quando é que decido mudar?
Quando é que mudo?
Não posso deixar a ansiedade tomar controlo nestes instantes, em que quero ver resultados, mas não quero fazer nada para isso.
Gostava de ter dinheiro e não trabalhar, gostava de ter boas notas e não estudar nem fazer nada para isso. Acho que acabei de descobrir a minha utopia. Bom, na verdade seria interessante, mas só se o dinheiro caísse do céu. Como isso não acontece, tenho de voltar para realidade.
Hmm, bom mas isto é um texto e se eu disser que o dinheiro cai do céu, pelo menos neste texto e no imaginário deste texto ele cai mesmo. Por isso posso afirmar que a minha utopia existe e que vivi durante dois anos assim, a ter boas notas sem ir às aulas e a ter dinheiro sem precisar de trabalhar, posso, inclusive, dizer que ao fim de dois anos a viver a minha utopia me fartei, cansei-me de ver sempre as mesmas pessoas, de conhecer e ir sempre aos mesmos lugares, de comprar as mesmas coisas, de sentir sempre os mesmos sabores, de ver sempre as mesmas cores, pois enquanto estamos a viver numa utopia não vemos o que se passa no mundo que toda as pessoas partilham, não conhecemos pessoas novas, lugares diferentes, coisas novas no geral.
E eu sou como Álvaro de Campos, "quero viver tudo de todas as maneiras." Apesar de às vezes não parecer, pois agarro-me muito ao passado, às memórias, tenho medo do desconhecido, tenho medo de experimentar, de provar, de ir. Tenho medo. Não sou quem quero ser, não faço o que quero fazer e não percebo o que me impede de o fazer. Não tenho nada a amarrar-me os pés, nem as mãos, nem a boca, e no entanto não faço nada do que gostaria de fazer.
Não completo projectos meus. É o que eu digo, eu sou um João da Ega que para aqui anda.
E hoje, na esperança de dias melhores, de me libertar da sombra do que me prende, fico-me por aqui.
Há 1 semana
se o dinheiro caísse do céu as pessoas passavam a vida a olhar para as nuvens (:
ResponderEliminar